Receio do Remorso

Final de ano...
Festas, comilanças sem fim.
E a balança pesa, se esconde, foge.

Mas esse receio vai partir no Reveillon DuCapibaribe.
Todas as energias vão se esgotar no show de Móveis Coloniais de Acaju - inclusive com o "Receio do Remorso".

"Eu conheço um lugar
Onde a gente pode aproveitar
Tudo que não estava previsto
Pra rolar"

Receio twittermaníaco.

É. Me rendi. E contesto minha rendição.
Fui criar um Twitter pra Gi, fiz tudo bonitinho, adicionei até as pessoas pra ela seguir.
Fiquei curiosa, com vontade.
É viciante. São tantas atualizações!
E agora tô na corda bamba. No dilema. Blog é infindável, Twitter são 140 caracteres!
Meu receio twittermaníaco se dissipou. Ou piorou! Incrível a capacidade de se desejar 'bom dia' das pessoas.
Espero que eu não me torne uma delas! [E não vou!]
Não quero ser uma solitária internauta ambulante.
Será um súbito de loucura? Ou um desejo de me tornar integrante do mundo?

Eu vou modificar. Tenho dito!

Quero ser professora.
Espero exercer muito bem esta função.
Prenderei meus alunos pela qualidade da aula, não por medo de reprovação por falta.
Quando a aula é medíocre e se sabe que só se está fazendo o aluno perder tempo, toma-se medidas radicais para que não haja salas vazias, tornando a sala cheia de "ninguéns".
Isso é hipócrita e repugnante. Você finge que é um bom professor e os alunos fingem que são dedicados à sua aula.
Quando eu crescer, eu não quero ter medo dos apontamentos dos alunos. É com eles que se aprende a ser professor.
Quando eu crescer, quero ser igual à Kalina, Adriana e Luciana.

Dilema

O amor tece a teia para amortecer a queda quando o amor acabar.

Consumado. O amor tecedor ama tecer a dor após o coração partido. E, com a reconstrução do coração, passa a tecer novos sorrisos, olhares, esperanças. É um ciclo vicioso e bom de se viver. O que seria do amor sem o amortecedor das dores?
Bem, o amor não tece apenas um meio menos doloroso pro fim. O amor é tecedor de momentos bons, de alegrias incomuns em lugares inesperados. O amor tece formas e riscos de lua e estrelas, de colar de pérolas nas espumas do mar. Mas esta não é a questão. O amor vem pra nos amedrontar. O amortecedor do amor tecedor é quase que exclusivo para aliviar a dor. A dor que parece nunca passar.

--

Textinho dedicado à TarCila. Surgiu no meio do nada, entre labirintos. Entre pensamentos labirínticos provocados por seu subnick "amor . tece".

FreePorto 2010

Amanhã, recital de abertura da FreePorto, no Burburinho, às 18h.
Às 20h, no Corpos Percurssivos, Rua da Moeda, abertura com premiações e atividades diversas.
Até eu vou receber prêmio!!! =P
Vai ser alegre, irreverente e ousado!!
Vamos todos.

programação aqui.

Nos vemos lá.

Pressão

Escrever um artigo em tempo flash.
Ler 4 livros num só dia.
E mais 4 no outro.
Apagar todo o artigo já redigido por estar achando uma bosta!
Escrever tudo de novo.
Dormir todo dia às 7h da manhã.
Acordar às 14h.
E sentar a bunda pra ler e escrever.
E ficar com a bunda quadrada.
Sem alimentação de sustança, só à base de pão.
E ainda por cima acabar o artigo.
É, tristeza por ter terminado.
O cansaço foi maior que o prazer.
Tô com preguiça.
Não quero mais letras na minha frente.
Elas agora bailam pra mim.
Dão língua e falam palavrões.
Se fosse só isso, bem.
Mas amanhã tem prova na facul.
E eu não tive tempo de estudar. :S
Nem tô com saco!

Festival Recifense de Literatura.

Grupo Dremelgas Literárias participa do evento recitando e interagindo com presentes

Depois da entrevista de Raimundo Carreiro, realizada por Cristiano Ramos e Marcelo Pereira, na Livraria Cultura, o público atravessou a rua para conferir o lançamento da Revista Eita!, publicação da Fundação de Cultura Cidade do Recife (FCCR), editada pela Gerência de Literatura e Editoração (Gole). O ritmo de arte-festa-comemoração da noite foi impresso pelo Grupo Dremelgas Literárias, que recitou, de maneira muito especial e inventiva, obras como Vermelho, de Roneide Gonzaga; Desmantelo Azul, de Carlos Pena Filho e Os Reinos do Amarelo, de João Cabral de Melo Neto.

E quando falta a ética?

As pessoas simplesmente te apunhalam pelas costas e depois fingem não te ver quando você está bem na frente. Medo? Não sei!
Falar por falar é hipócrita demais, verdade. Sorriso falso, plástico. Não quero conveniências, quero atitudes humanas e sinceras. O mínimo sincero possível.
Mas o troco um dia chega.

Uma dose de marginalidade

Eu vi duas baratas.
Elas fudiam com a paz.
Eu vi duas baratas.
Elas fudiam a sanidade.
Elas gozavam o medo.
Elas fudiam na parede.
Eu vi duas baratas.
Elas estavam fudendo!

Roneide Gonzaga.

Dremelgas na Fliporto



Galerinha,

A apresentação do grupo literário Dremelgas, do qual eu faço parte, será na Fliporto 2010.

Quando?
- Dia 14 de novembro
Horário?
- 19h
Local?
- Fliporto - Olinda. Estande da UBE.
E paga?
- Nops. Totalmente free. (E, falando em free, logo logo tá chegando a FreePorto, com nossa presença também) =P

Conto com a presença de todos.
Por isso mesmo, minha Maria
Eu, como a abelha do aripuá
pra quem doçura é sempre pouca,
só quero o favo de tua boca.
Ascenso Ferreira - Martelo

Abrir os olhos


Guardo em mim todos os sonhos do mundo. Sonhos engessados, mórbidos, flagelados. Farei com vocês o que o mundo clama. Mostrarei o quanto é descartável as aspirações de melhoria de vida, de um futuro próspero, da paz mundial. Eu sou a guerra e venho trazer a desgraça! Clamo a morte, a dor, as doenças, os pesadelos. A esterilidade do homem se amplifica na desgraça e eles rogam ao Deus pai todo poderoso na primeira, segunda e terceira vez. Cansam de pedir e não ter retorno e chamam por mim, baixinho, choram com medo! Ó vermes impiedosos! A raça humana é toda igual, podre! Vomitam os pulsos no desespero, voam de arranha-céus ou injetam, cheiram, fumam para aliviar a dor. Que alívio se a dor não passa e só aumenta? Já disse, eu sou a guerra e vim trazer a desgraça! Carrego o cheiro da saudade. Sim, o cheiro da saudade sádica, que devasta os sonhos fantasiosos por onde passa. Porque os sonhos são projeções e a projeção não é a realidade!


--- Texto apresentado no Festival Recifense de Literatura 2010, na rua da moeda.

Retrocesso?

Fico indignada com os absurdos que certos professores cometem.
Hoje, na aula, ligo meu notebook para fazer anotações sobre a explicação que estava sendo passada. Tinha uma dúvida, não souberam me responder, e decidi visitar o meu tão querido amigo Google para esclarecer o que me perturbava.
Dúvida esclarecida e pronto.
Continuo no computador fazendo minha anotações, atualizando minha agenda eterna de obrigações até que escuto: "que tanto você faz neste computador? Gostaria que você não o utilizasse!"
- Oi?
Como pode? Revolução da informática, escolas adotando notebooks em sala de aula, maior interatividade, maiores exemplos... E um docente me vetando!
Faço um curso na FUNDAJ onde utilizo o notebook sem problemas e na faculdade isto não é possível!! Absurdo! Estou indignadíssima.
Foi mais viável tirar minha dúvida pela internet, já como não sabiam me responder, do que guardá-la e não ter a resposta nunca!
Se fosse um idiota jogando a fazendinha do orkut...
Se eu estivesse dormindo acordada como muitos na sala. Se fosse um papel, além de estar jogando fora mais uma arvorezinha, estaria desligada tanto quanto se eu estivesse twittando.
Uma aula sinônima de perda de tempo, inútil, cheia de gaguejos e piadinhas sem graça e fora de hora e totalmente "dentro" do contexto da aula (uhum!)... E vetando a tecnologia. ¬¬
Tô puta!

SARA essa dor, MAGO.

E morreu hoje, às 13h (Portugal) e 8h (Brasil), o escritor português José Saramago, no auge dos seus 87 anos, em virtude de uma múltipla falha orgânica, provocada por uma prolongada doença.
Não se tem nem o que falar.
O corpo dele será cremado no domingo.
José Saramago escreveu inúmeros livros, entre eles o 'Ensaio sobre a cegueira', que lhe rendeu o Prêmio Nobel de Literatura em 1998. O único ganhador de um Prêmio Nobel em língua portuguesa.

Revolta


Cada qual com seus ouvidos isolados, que cegam a iniciativa e a compreensão. O mundo explode num giro de empurrões e bate bate aos seus pés (e ombros!). A ignorância é tamanha que fingem nada ver. Qual o problema de se pedir uma mochila para segurar em um ônibus lotado?

Melhores do mundo

Alex Atala, com seu D.O.M., figura novamente na lista dos 50 melhores restaurantes do mundo.
Agora, em 18º lugar, escalando 6 posições em relação ao do ano passado.
Infelizmente, o único brasileiro e sulamericano a marcar presença na lista novamente.

O D.O.M. situa-se na Rua Barão Capanema, 549. Jardins-SP.

Para acessar o site do D.O.M, clique aqui.

Um pedaço de tarde.

Princesa, me salva. Não! Saia daqui, sua chata. Aaah! Meu Deus, que menina grossa. Eita, achei um carrinho. Toma. Não é teu. Aaaah. Deixa de grito! Toma. Não é teu. Bota na garagem. Ah, errou. kkk. O meu entrou na garagem. Cadê os carrinhos? Ah, ela escondeu. Pera, eu vou pegar. Toma. Esse é um carro voador. O meu não voa. O meu voa! Eita, pega aqui no meu pé. Nããããão, faz cosquinha. Eu vou entrar pelo cachorro. Haahaha. Briga de carro, briga de carro. Bum! Quem vai ganhar? Quem vai me acertar? Eu pulo! Errou. kkk. Tenta me acertar, fofinha. hahaha. Eu vou no meu avião. kkk. Que foi? Foi no dente dela. Peça desculpa. Não. Vou sequestrar o carro. Não. Eu vou sequestrar o de Luli. Não. Peguei. Olha aí, tá vendo? Você é um ladrão? Não, sou amiga. O carrooo de ourooo. Puft! Vou trocar de carro. Ô gabi! O povo aproveitou o feriado pra viajar. Sai. Toca a campanhia. Quem é? É o ladrão. Solte. Sai daí. Sai daqui. hahaha. Não.Vou colocar um telhado. Ninguém vai ver. Ah, não bole não. Eu arrombei o telhado. Cadê o secretário? Ele tá onde? Cuidado com a cabeça de Luli. hahaha. Eu ia achar é bom, ia rir bem muito dela. Isso não se faz. Eu vou roubar. Ah, rouba. Rouba o meu! Não, vou roubar o dela. hahaha. Toma. Puft! Qual é o seu? Vou roubar o de ouro. Vem roubar. hahaha. Cabeça oca! Eu sou muito esperta. Au, au, au. kkk. Cachorro mau, mau, mau. Tem um bicho nas tuas costas. Aqui. Paft! Aqui, aqui. Paft! Ai. Assim não. ZzzZzZzzZZZzz. Eu peguei o pano. hauahuahaua. Tu vai esconder o pano aí é? kkk. Que foi? Vou, na minha calcinha. Me ajudaa. Me dá. O carro de ouro. Dá à ela. Não quero mais. Não vou dar, agora é meu. Eu tenho só um brinquedo. Me dá. Me dá agora! Aaaaar!!! Paft! Daqui a pouco vai apanhar! Vai pro chão. Atchiiim. Saúde. Eu, curiosa. Coisa feia. hehehe. Rapaz, caí, visse? Cuidado pra não se arrebentar. Que foi? Oxe, tu num tava dormindo? Quem quer o carro de ouro? E esse caderno? É meu. Me dá. Não, não. Me dê o carro. Dê esta merda a ela. O carro? É. Quer fazer ela de besta, rapaz. Não tome o caderno dela. Ela cuspiu. Cuspiu. Cuspi não. Cuspiu! Não. Tome. Luiza, venha cá. Me dê o caderno. Eu troquei. Ela não foi pegar. Sem gritar, se não você vai pro calabouço. É. Cala a boca. hahaha. Tu vai, visse? Vai vocês duas. Ó a malcriação. Eu tô aqui. Buáááá. Eita, errei. O negócio dela é brincar pra destruir. Aaah. Chega. Sai da minha casa. Não. Você que sai. Sim. Sai. Saaaai. Eita. kkk. Eu quero. Brinca aqui. Caiu. Puft! Cansou? Vamo tomar banho? Nãããão! E esse cheirinho? Gabriela! Alô? Oi, tá certo. Vai sair agora? Cuidado pra não cair. Sobe sem abrir a gaveta. Eita. Hoje tem jogo sport x náutico. Cadê teus desenhos? Aqui. É tudo teu? Oxe, tu já tá aqui. Meus dois livros. É de quem? Eu jurei que eu ia ficar com a coluna doendo...meus pés tão doendo, inchados. Jurei que minha coluna ia ficar lascada. Some daqui. Minha coroa, meu vestido. E é? Esse é teu castelo? É, minha coroa. Isso é o quê? É teu? Aqui é minha casa. Gabi fez isso, isso e isso. Ó papai. Quem fez? Gabi e Gabi. Olha a sereia. Cadê? A bruxa. A bruxa apaixonada pelo gato. O vestido dela. Verde com rosa. Olha o cabelo dela. A nuvem e o sol. E o céu. E o céu. Olha aqui. Foi tu que fez? Quem tá aqui dentro? As meninas. Eu, papai e mamãe. Oxe, tua mãe é a bruxa é? Não, é tu. kkk. Eu sou a princesa. Cala a boca! Eu sou todas as princesas. Respeite! Ela é sua irmã mais velha. O cachorro aqui, vendo a lua e a aqui vai ser a parada. Senta ele e depois abre.










UFA! 10 minutinhos da minha tarde hoje. :P

Há o ar livre?

Ao ar livre. O que isso significa? O ar nunca é livre! E o livre é relativo e puramente efêmero.
O ar é anestésico para os amores desvairados; é confortável. Mas quais são esses amores? Pros iguais, é exaustivo, desconfortável. O ar é um sincretismo concreto. Sem proteção.
O ar dos campos, das praças, da sua casa deveria ser livre. Livre. Liberdade. Nostalgia hippie.
Carinho. Amor. Beijos. Abraços. Gestos singelos de pureza e grandeza humana, sem necessidade de repreensões.
Quero ar livre, respirável, respeitável.

Banalidade (?)

Reforçar a profética mídia no âmbito gastronômico se transformou em Status, e vai muito além do glamour da figura do Chef.
Ser crítico gastronômico, atualmente, deixou, e continua sendo, de uma forma ou de outra, em alguns casos, puro prazer. Prazer este que deve ser repensado, pois difere dos padrões de antigamente. Hoje, ser crítico gastronômico se resume (para alguns) a conhecer os estabelecimentos de A & B, comer de graça e escrever algum agrado. Não que todos o façam, mas os novos aspirantes pensam que é dessa forma que a coisa funciona! Isto é um ato sepulcral da gastronomia...e da crítica!
Jornalistas que tendem para esta vertente jornalística e estudam para isso devem ser mais respeitados e valorizados. Gastrônomos também o podem fazer, mas é necessário um estudo, no mínimo, teórico de jornalismo e entender o que a palavra crítica significa. E com essa (des/re [?]) valorização do jornalismo atualmente, tem que se saber escolher bem os profissionais da área. Um jornalista pode ser ótimo escrevendo a matéria, mas péssimo no sentido de observação de valores do restaurante, enquanto um gourmet pode ser perfeito na qualificação dos valores, mas um péssimo redator. Ou os dois podem ser bom nas duas coisas!
Muitas pessoas imaginam e crêem na crítica como um julgamento, uma sentença de morte. É importante retirar essa trovoada de idéias errôneas do pensamento humano por meios que lhe provem o contrário. Isso confunde as pessoas no início, mas, com os estudos e a leitura frequente, elas passam a analisar de forma distinta e, corriqueiramente, passam a recorrer à matérias de críticos, buscando sempre novos horizontes.
Críticos gastronômicos de jornal não são o Guia Michelin, apesar de serem fator primordial de influência popular. Quando um crítico chega a um restaurante, ou marca uma reserva para analisar um novo estabelecimento, um novo prato, etc., tudo vira um inferno! Tem que estar tudo tão perfeito, que às vezes chega a ser um ideal inalcansável para a rotina do local. Às vezes os clientes são até esquecidos, mal atendidos, porque só se dá atenção ao crítico. E um bom crítico deve estar atento ao funcionamento como um todo e não apenas de modo parcial.
Além da crítica, é fundamental incluir (ou não excluir) a gastronomia da linha cultural. A gastronomia é integrante do Jornalismo Cultural e merece destaque tanto quanto a música, o teatro e a literatura.

Laboratório - Literatura & Crítica


Ontem, no Teatro Hermilo Borba Filho, aconteceu um evento muito interessante. Focado para a discussão da crítica literária, o evento aborda a importância do mesmo. É legal ver que houve público, pena é notar que continua sendo o mesmo público seleto de todos os eventos literários que acontecem por aqui.
Intitulado como "Crítica: para quê?", o evento comportou várias questões e reafirmou a importância da leitura, do pensar, do reler, do repensar, do aprender e apreender.
O encontro acontecerá toda segunda terça-feira do mês, no Teatro Hermilo, às 19h. Compareçam. Vale muito.

A importância dos Congressos

É, eu sempre julguei os Congressos um meio fútil. A maioria das pessoas vão para se divertir, conhecer pessoas, beber até não poder mais e nem pensam em assistir as palestras oferecidas.
Semana passada eu estive presente no II CONAG, que foi sediado no Hotel Praia Mar, em Natal - RN. Cheguei como toda boa aluna (se é que isso é ser boa aluna) : aplicada, não falei com quase ninguém e estava de ouvidos aberto pra tudo!! Conversei só com o primo da minha amiga, pois estava hospedada na casa dele e, mesmo assim, foi só após o término da abertura do congresso.
Segundo dia de congresso. Um colega meu, Lourenço, encontrou comigo logo no início. Assistimos a primeira oficina "A nova cozinha sertaneja", palestrada pelo Chef Rodrigo Oliveira, do Mocotó SP. Estava super atenta a todos os movimentos, anotando tudo que julgava interessante e diferente. Final da palestra, fotos e mais fotos e entrevista pra tv local. A palestra acabou mais cedo do que o esperado. - "Ah, vamos dar uma volta na cidade, fazer um roteiro histórico-cultural nesse tempinho." Fomos. Visitamos o Museu Café Filho, a Casa de Câmara Cascudo e voilà. Que passeio extupendo! Foi muito bom. Fomos almoçar no Midway, já como não conhecíamos nenhum restaurante local. Mas foi legal. Voltamos ao congresso para assistir a palestra "Panificação Clássica Brasileira", palestrada pelo Chef Rogério Shimura, SP. A palestra foi tudooo de bom. Realmente não esperei que fosse tão boa. Acabou cedo novamente e tínhamos mais de 2h para esperar pela palestra da noite. Mas decidimos não sair. Fui comprar um livro e sentei com Lourenço. Nisso, conhecemos uma galerinha por lá. Pessoas finíssimas. Conversamos e acabamos nos juntando na palestra da noite. Acabou, cada um foi pro seu lado.
Terceiro dia. A galerinha da noite do dia anterior já chegou falando. Após a oficina da manhã, que foi maravilhosa também, umas meninas de Gastronomia da UNP me chamou pra almoçar com elas. Fui. Restaurante aconchegante, comida legal, mas nada diferente do que eu tenho acesso em Recife. Comemos, tiramos fotos, trocamos experiências, contatos. A palestra da tarde chegou e foi um fiasco. Odiei, mas nada que não seja comum em um congresso (pelo menos foi isso que me falaram). Enfim, nessa palestra terrível, os laços de amizade se entrelaçaram e surgiram várias conversas legais com pessoas que eu não tinha tido oportunidade de conversar anteriormente. A espera para a palestra da noite foi super produtiva. Conheci o intérprete de LIBRAS da UNP e os deficientes auditivos de Gastronomia da UNP. Super produtivo. Fazia tempo que eu não conversava em LIBRAS e relembrei muitas coisas que já vagavam perdidas na minha mente. Último dia, última palestra e logo depois ia ter uma confraternização em um bar badalado da cidade. A última palestra foi super legal, estabeleci contatos com os chefs, troquei e-mails (e até telefone!) e consegui um estágio em Sampa nas férias de julho. Congresso finalizado = festa. Chegando ao bar, sentei na mesa dos professores com Ana e Bel, da UFRPE. Super deslocadas era pouco para o que nós estávamos lá. Quando estávamos saindo, conheci uma galerinha da UFC super simpática, pena que eu já estava indo embora. No outro dia, marquei um almoço com as meninas de turismo da UFRN no Mangai, um restaurante estilo o Parraxaxá. Comi iguarias potiguar, como a carne de sol na nata, arroz de leite (arroz vermelho, ou da terra, como preferir). Muito boooom e valeu super a pena. Por causa desse almoço, perdi o ônibus de volta. Por causa dessa perca, conheci a vovó de Helen e uns amigos africanos dela. Mais intercâmbio cultural, um treinozinho do francês, umas trocas gastronômicas e ainda tive direito de escutar um dialeto africano que não lembro nem o nome!!
Tudo que eu julgava de fútil em um congresso foi esquecido. Não bebi de me acabar (até porque nem bebo), repensei sobre o fato de conhecer pessoas ser desnecessário (foi muito importante) e adquirir novos conhecimentos foi tudo. O intercâmbio cultural é fundamental e, mesmo quando você acha que não vai haver, ele sempre aparece e é inesquecível. Voltei sem querer voltar, achando que minha vida deveria ser em um congresso. E reativei a vontade de ser docente, conferencista e estar sempre rodeada de pessoas de diferentes culturas. E despertei a vontade de ser congressista pelo resto de minha vida. Que venha muitos e muitos congressos pela frente! Estarei presente em todos que eu puder.
Posts detalhado sobre o II CONAG virão logo logo.

Afetividade

A cozinha é identidade, discurso. Apropriação. Não é a origem que define, é a expressão cultural adquirida que gera o "meu", o "nosso". Essa é a formação do paladar.
A gastronomia é como uma língua, se comunica, extrapola horizontes, se expressa. É na cozinha que se materializa o afeto, que se reforça a união familiar. A cozinha é que nem coração de avó. A nostalgia se reflete na comida da vovó, dessa forma de concretiza o grito negativo à palavra 'imaterial' doada como referência alusiva à gastronomia. Nos pratos dessa avó, dessa mãe, recheado de sabores e saberes, se cria identidade. A lembrança é única, profunda, caracterizada apenas pela saudade do sabor, do cheiro, da festa, da reunião em família aos domingos, dos tachos de doce, da fruta fresca do pé, das brincadeiras infantis na areia, do bolo saindo do forno... A lembrança é tanta que, se voltássemos no tempo, seria possível acharmos que algo havia mudado, pois no quadro de recordações tudo era mais perfeito, mais colorido, o doce era mais doce e a comida mais gostosa. Tudo já está materializado, fixado, concretizado e nada mais devolve nem retira e nem despreza o apego saudosista.