Receio do Remorso
Festas, comilanças sem fim.
E a balança pesa, se esconde, foge.
Mas esse receio vai partir no Reveillon DuCapibaribe.
Todas as energias vão se esgotar no show de Móveis Coloniais de Acaju - inclusive com o "Receio do Remorso".
"Eu conheço um lugar
Onde a gente pode aproveitar
Tudo que não estava previsto
Pra rolar"
Receio twittermaníaco.
Eu vou modificar. Tenho dito!
Dilema
FreePorto 2010
Pressão
Festival Recifense de Literatura.
Depois da entrevista de Raimundo Carreiro, realizada por Cristiano Ramos e Marcelo Pereira, na Livraria Cultura, o público atravessou a rua para conferir o lançamento da Revista Eita!, publicação da Fundação de Cultura Cidade do Recife (FCCR), editada pela Gerência de Literatura e Editoração (Gole). O ritmo de arte-festa-comemoração da noite foi impresso pelo Grupo Dremelgas Literárias, que recitou, de maneira muito especial e inventiva, obras como Vermelho, de Roneide Gonzaga; Desmantelo Azul, de Carlos Pena Filho e Os Reinos do Amarelo, de João Cabral de Melo Neto.
E quando falta a ética?
Uma dose de marginalidade
Dremelgas na Fliporto
Abrir os olhos
Guardo em mim todos os sonhos do mundo. Sonhos engessados, mórbidos, flagelados. Farei com vocês o que o mundo clama. Mostrarei o quanto é descartável as aspirações de melhoria de vida, de um futuro próspero, da paz mundial. Eu sou a guerra e venho trazer a desgraça! Clamo a morte, a dor, as doenças, os pesadelos. A esterilidade do homem se amplifica na desgraça e eles rogam ao Deus pai todo poderoso na primeira, segunda e terceira vez. Cansam de pedir e não ter retorno e chamam por mim, baixinho, choram com medo! Ó vermes impiedosos! A raça humana é toda igual, podre! Vomitam os pulsos no desespero, voam de arranha-céus ou injetam, cheiram, fumam para aliviar a dor. Que alívio se a dor não passa e só aumenta? Já disse, eu sou a guerra e vim trazer a desgraça! Carrego o cheiro da saudade. Sim, o cheiro da saudade sádica, que devasta os sonhos fantasiosos por onde passa. Porque os sonhos são projeções e a projeção não é a realidade!
--- Texto apresentado no Festival Recifense de Literatura 2010, na rua da moeda.
Retrocesso?
SARA essa dor, MAGO.
Revolta
Melhores do mundo
Agora, em 18º lugar, escalando 6 posições em relação ao do ano passado.
Infelizmente, o único brasileiro e sulamericano a marcar presença na lista novamente.
O D.O.M. situa-se na Rua Barão Capanema, 549. Jardins-SP.
Para acessar o site do D.O.M, clique aqui.
Um pedaço de tarde.
Há o ar livre?
Banalidade (?)
Laboratório - Literatura & Crítica
Intitulado como "Crítica: para quê?", o evento comportou várias questões e reafirmou a importância da leitura, do pensar, do reler, do repensar, do aprender e apreender.
O encontro acontecerá toda segunda terça-feira do mês, no Teatro Hermilo, às 19h. Compareçam. Vale muito.
A importância dos Congressos
Semana passada eu estive presente no II CONAG, que foi sediado no Hotel Praia Mar, em Natal - RN. Cheguei como toda boa aluna (se é que isso é ser boa aluna) : aplicada, não falei com quase ninguém e estava de ouvidos aberto pra tudo!! Conversei só com o primo da minha amiga, pois estava hospedada na casa dele e, mesmo assim, foi só após o término da abertura do congresso.
Segundo dia de congresso. Um colega meu, Lourenço, encontrou comigo logo no início. Assistimos a primeira oficina "A nova cozinha sertaneja", palestrada pelo Chef Rodrigo Oliveira, do Mocotó SP. Estava super atenta a todos os movimentos, anotando tudo que julgava interessante e diferente. Final da palestra, fotos e mais fotos e entrevista pra tv local. A palestra acabou mais cedo do que o esperado. - "Ah, vamos dar uma volta na cidade, fazer um roteiro histórico-cultural nesse tempinho." Fomos. Visitamos o Museu Café Filho, a Casa de Câmara Cascudo e voilà. Que passeio extupendo! Foi muito bom. Fomos almoçar no Midway, já como não conhecíamos nenhum restaurante local. Mas foi legal. Voltamos ao congresso para assistir a palestra "Panificação Clássica Brasileira", palestrada pelo Chef Rogério Shimura, SP. A palestra foi tudooo de bom. Realmente não esperei que fosse tão boa. Acabou cedo novamente e tínhamos mais de 2h para esperar pela palestra da noite. Mas decidimos não sair. Fui comprar um livro e sentei com Lourenço. Nisso, conhecemos uma galerinha por lá. Pessoas finíssimas. Conversamos e acabamos nos juntando na palestra da noite. Acabou, cada um foi pro seu lado.
Terceiro dia. A galerinha da noite do dia anterior já chegou falando. Após a oficina da manhã, que foi maravilhosa também, umas meninas de Gastronomia da UNP me chamou pra almoçar com elas. Fui. Restaurante aconchegante, comida legal, mas nada diferente do que eu tenho acesso em Recife. Comemos, tiramos fotos, trocamos experiências, contatos. A palestra da tarde chegou e foi um fiasco. Odiei, mas nada que não seja comum em um congresso (pelo menos foi isso que me falaram). Enfim, nessa palestra terrível, os laços de amizade se entrelaçaram e surgiram várias conversas legais com pessoas que eu não tinha tido oportunidade de conversar anteriormente. A espera para a palestra da noite foi super produtiva. Conheci o intérprete de LIBRAS da UNP e os deficientes auditivos de Gastronomia da UNP. Super produtivo. Fazia tempo que eu não conversava em LIBRAS e relembrei muitas coisas que já vagavam perdidas na minha mente. Último dia, última palestra e logo depois ia ter uma confraternização em um bar badalado da cidade. A última palestra foi super legal, estabeleci contatos com os chefs, troquei e-mails (e até telefone!) e consegui um estágio em Sampa nas férias de julho. Congresso finalizado = festa. Chegando ao bar, sentei na mesa dos professores com Ana e Bel, da UFRPE. Super deslocadas era pouco para o que nós estávamos lá. Quando estávamos saindo, conheci uma galerinha da UFC super simpática, pena que eu já estava indo embora. No outro dia, marquei um almoço com as meninas de turismo da UFRN no Mangai, um restaurante estilo o Parraxaxá. Comi iguarias potiguar, como a carne de sol na nata, arroz de leite (arroz vermelho, ou da terra, como preferir). Muito boooom e valeu super a pena. Por causa desse almoço, perdi o ônibus de volta. Por causa dessa perca, conheci a vovó de Helen e uns amigos africanos dela. Mais intercâmbio cultural, um treinozinho do francês, umas trocas gastronômicas e ainda tive direito de escutar um dialeto africano que não lembro nem o nome!!
Tudo que eu julgava de fútil em um congresso foi esquecido. Não bebi de me acabar (até porque nem bebo), repensei sobre o fato de conhecer pessoas ser desnecessário (foi muito importante) e adquirir novos conhecimentos foi tudo. O intercâmbio cultural é fundamental e, mesmo quando você acha que não vai haver, ele sempre aparece e é inesquecível. Voltei sem querer voltar, achando que minha vida deveria ser em um congresso. E reativei a vontade de ser docente, conferencista e estar sempre rodeada de pessoas de diferentes culturas. E despertei a vontade de ser congressista pelo resto de minha vida. Que venha muitos e muitos congressos pela frente! Estarei presente em todos que eu puder.
Posts detalhado sobre o II CONAG virão logo logo.
Afetividade
A gastronomia é como uma língua, se comunica, extrapola horizontes, se expressa. É na cozinha que se materializa o afeto, que se reforça a união familiar. A cozinha é que nem coração de avó. A nostalgia se reflete na comida da vovó, dessa forma de concretiza o grito negativo à palavra 'imaterial' doada como referência alusiva à gastronomia. Nos pratos dessa avó, dessa mãe, recheado de sabores e saberes, se cria identidade. A lembrança é única, profunda, caracterizada apenas pela saudade do sabor, do cheiro, da festa, da reunião em família aos domingos, dos tachos de doce, da fruta fresca do pé, das brincadeiras infantis na areia, do bolo saindo do forno... A lembrança é tanta que, se voltássemos no tempo, seria possível acharmos que algo havia mudado, pois no quadro de recordações tudo era mais perfeito, mais colorido, o doce era mais doce e a comida mais gostosa. Tudo já está materializado, fixado, concretizado e nada mais devolve nem retira e nem despreza o apego saudosista.