Reforçar a profética mídia no âmbito gastronômico se transformou em Status, e vai muito além do glamour da figura do Chef.
Ser crítico gastronômico, atualmente, deixou, e continua sendo, de uma forma ou de outra, em alguns casos, puro prazer. Prazer este que deve ser repensado, pois difere dos padrões de antigamente. Hoje, ser crítico gastronômico se resume (para alguns) a conhecer os estabelecimentos de A & B, comer de graça e escrever algum agrado. Não que todos o façam, mas os novos aspirantes pensam que é dessa forma que a coisa funciona! Isto é um ato sepulcral da gastronomia...e da crítica!
Jornalistas que tendem para esta vertente jornalística e estudam para isso devem ser mais respeitados e valorizados. Gastrônomos também o podem fazer, mas é necessário um estudo, no mínimo, teórico de jornalismo e entender o que a palavra crítica significa. E com essa (des/re [?]) valorização do jornalismo atualmente, tem que se saber escolher bem os profissionais da área. Um jornalista pode ser ótimo escrevendo a matéria, mas péssimo no sentido de observação de valores do restaurante, enquanto um gourmet pode ser perfeito na qualificação dos valores, mas um péssimo redator. Ou os dois podem ser bom nas duas coisas!
Muitas pessoas imaginam e crêem na crítica como um julgamento, uma sentença de morte. É importante retirar essa trovoada de idéias errôneas do pensamento humano por meios que lhe provem o contrário. Isso confunde as pessoas no início, mas, com os estudos e a leitura frequente, elas passam a analisar de forma distinta e, corriqueiramente, passam a recorrer à matérias de críticos, buscando sempre novos horizontes.
Críticos gastronômicos de jornal não são o Guia Michelin, apesar de serem fator primordial de influência popular. Quando um crítico chega a um restaurante, ou marca uma reserva para analisar um novo estabelecimento, um novo prato, etc., tudo vira um inferno! Tem que estar tudo tão perfeito, que às vezes chega a ser um ideal inalcansável para a rotina do local. Às vezes os clientes são até esquecidos, mal atendidos, porque só se dá atenção ao crítico. E um bom crítico deve estar atento ao funcionamento como um todo e não apenas de modo parcial.
Além da crítica, é fundamental incluir (ou não excluir) a gastronomia da linha cultural. A gastronomia é integrante do Jornalismo Cultural e merece destaque tanto quanto a música, o teatro e a literatura.