...

Aquele primeiro encontro de palavras e corpos

Recheado de abraços e beijos e corpos

Coberto com beijos e travesseiros e lençóis e corpos

Lambuzado com a magia dos corpos

Seduzido com as vontades dos corpos

Encontro primeiro e único e último. Despedida dos corpos

Reencontro dos corpos

Desejos sem escassez mergulhando nos corpos

Infinitas vezes aquela noite presenciou a fusão dos nossos corpos

E na madrugada de hoje baila sozinho o meu corpo

Porque teu corpo é imóvel ao lado do meu corpo

Porque teu corpo não deseja formar plural com meu corpo.

...

Ó bruto jardim
Onde escondes tuas flores?
Teus sorrisos ocultos
Partem nas asas das palavras
Que do alto se atiram
E se fazem em pedaços.
Se quebras para não haver reconstrução?
Deixa-me desvendar tuas cores
E recolher teus cacos.
Preencherei teu conjunto vazio
Com a ponta do meu toque.
Meu jardim, não serás mais abandonado.
Não se esconda!
O coração é mais nobre
Quando revela fantasias.
Não demores
Preciso te plantar
E colher tuas flores - meu eterno enfeite.
Minha saudade é como o orvalho. Pega vc, o meu ar, que incorpora e se retém em mim, a água que busca saciar tua sede.

Cup...cup...cupcakes!!! nham nham :D


De vermelho escrevo em meus braços e nos papéis.
Sangue rubro, tinta refil de minhas canetas.
Com meu licor avermelhado molharei teu corpo para veres quanta dor me causas
E o quanto sofro por ti.
E de presente, em uma caixa fechada,
Te entregarei minhas canetas vazias para encheres com o sangue que derramei sobre ti.

Em resposta à Cézar Ray. :)

Umbigo de sobe e desce, de façanhas infindas. Tua escada, querido, não me cansa. Teus tijolos, se perderem a cor pela minha caminhada incessante, serão sempre retocados com o dourado mais belo de nossas lindas lembranças.

Quando o outro só enxerga o próprio umbigo...

Pra sua tortura passar você trama armadilhas para prender o outro e fazê-lo apodrecer junto a você, como se isso fosse alcançar a felicidade.
Quem dera as pessoas soubessem dar valor à felicidade.
Quem dera as pessoas soubessem ser feliz.
Prisões paradisíacas iludem parcialmente. Quando as grades se mostram basta uma brecha pra sua presa fugir de vez.
A desilusão do paraíso é anestesiante.
E o cansaço desse amor tão desgastante gera solidão. E essa solidão passa a ser regada com alegrias modestas e um certo esforço que te fazem dormir sem querer acordar. Mas um dia despertas e vês que passou. Que a alegria agora domina e que estás pronto para viver um novo amor.
A questão é: demora muito pra acordar?